A edição do Jornal do Tocantins do domingo, 20 de fevereiro, apresenta artigo escrito pelo vereador Damaso (PDT). Nele, o parlamentar fala do trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Curitiba (PR) para combater a dengue. Um exemplo que poderia muito bem ser colocado em prática em Palmas, onde existe uma verdadeira epidemia da doença.
O exemplo de Curitiba e o combate à dengue
José Hermes Rodrigues Damaso
é vereador em Palmas pelo PDT
No início da década de 90, percebendo o problema do lixo urbano como uma das grandes tragédias da vida moderna, o então prefeito de Curutiba (PR), Jaime Lerner, teve uma idéia simples. Decidiu chamar a população a colaborar na separação do lixo doméstico, com o objetivo de facilitar a reciclagem e diminuir o impacto ambiental dos grandes aterros.
Inteligentemente, sabendo que teria que trabalhar a relação das pessoas com o lixo (questão cultural), Lerner e seus assessores desencadearam uma campanha nas escolas, mobilizando as crianças, que se tornaram “agentes mirins” de repercussão da idéia. E elas não apenas incentivavam os familiares a fazerem a seleção do lixo, como também aprendiam na prática a importância de colaborar para a preservação do meio ambiente. Hoje, cerca de 70% da população da Capital paranaense faz a separação do lixo.
Este tipo de ação é particularmente efetivo quando se trabalha com problemas que necessitam da participação ativa da população para serem resolvidos. Um caso típico é a dengue. É obrigação do poder público empreender campanhas e ações que cortem o mal pela raiz. Mas sabemos também que, no caso da dengue, o apoio e participação da população é fundamental para resolver o problema.
Mas também é dever do executivo mobilizar a sociedade, com todos os recursos disponíveis, 24 horas por dia. Inclusive com a valiosa ajuda dos meios de comunicação, que muito têm contribuído no combate à dengue, seja informando à população, seja criticando ações mal-feitas ou a falta delas. Dentre os recursos disponíveis pela prefeitura para combater a dengue, me parece que um tem sido negligenciado, mesmo tendo um enorme potencial de ajudar: as crianças, através dos sistemas público e particular de ensino.
Por isso citei o caso de Curitiba com o lixo no início deste texto. Aqui em Palmas poderíamos fazer, por exemplo, uma “Gincana de Combate à Dengue”, que mobilizasse as escolas e as comunidades vizinhas, com premiações para os grupos que fizessem as melhores ações, tirando de circulação os entulhos e objetos que poderiam servir de criadouros do mosquito da dengue. E não precisaria ser apenas uma vez, já que os adultos têm dificuldade, por diversas razões, de olhar com cuidado para essa questão, e muito provavelmente em pouco tempo os entulhos voltariam às ruas e quintais.
Precisaria ser uma ação regular (semanal ou quinzenal), que mobilizasse constantemente as crianças. Desta forma, e em conjunto com as outras ações, o combate à dengue poderia ser muito mais eficaz. As crianças não apenas aprenderiam mais sobre a dengue e a prevenção, como naturalmente, “fiscalizariam” seus pais, forçando uma mudança de mentalidade na própria família. Elas também ganhariam uma noção mais abrangente de cidadania e de espírito coletivo, tão em falta nos dias de hoje, e no futuro seriam adultos socialmente mais responsáveis.
De um jeito ou de outro, toda a sociedade sairia ganhando com isso, seja pela melhor educação de nossas crianças, seja por um combate mais eficaz a esta verdadeira epidemia.
O exemplo de Curitiba e o combate à dengue
José Hermes Rodrigues Damaso
é vereador em Palmas pelo PDT
No início da década de 90, percebendo o problema do lixo urbano como uma das grandes tragédias da vida moderna, o então prefeito de Curutiba (PR), Jaime Lerner, teve uma idéia simples. Decidiu chamar a população a colaborar na separação do lixo doméstico, com o objetivo de facilitar a reciclagem e diminuir o impacto ambiental dos grandes aterros.
Inteligentemente, sabendo que teria que trabalhar a relação das pessoas com o lixo (questão cultural), Lerner e seus assessores desencadearam uma campanha nas escolas, mobilizando as crianças, que se tornaram “agentes mirins” de repercussão da idéia. E elas não apenas incentivavam os familiares a fazerem a seleção do lixo, como também aprendiam na prática a importância de colaborar para a preservação do meio ambiente. Hoje, cerca de 70% da população da Capital paranaense faz a separação do lixo.
Este tipo de ação é particularmente efetivo quando se trabalha com problemas que necessitam da participação ativa da população para serem resolvidos. Um caso típico é a dengue. É obrigação do poder público empreender campanhas e ações que cortem o mal pela raiz. Mas sabemos também que, no caso da dengue, o apoio e participação da população é fundamental para resolver o problema.
Mas também é dever do executivo mobilizar a sociedade, com todos os recursos disponíveis, 24 horas por dia. Inclusive com a valiosa ajuda dos meios de comunicação, que muito têm contribuído no combate à dengue, seja informando à população, seja criticando ações mal-feitas ou a falta delas. Dentre os recursos disponíveis pela prefeitura para combater a dengue, me parece que um tem sido negligenciado, mesmo tendo um enorme potencial de ajudar: as crianças, através dos sistemas público e particular de ensino.
Por isso citei o caso de Curitiba com o lixo no início deste texto. Aqui em Palmas poderíamos fazer, por exemplo, uma “Gincana de Combate à Dengue”, que mobilizasse as escolas e as comunidades vizinhas, com premiações para os grupos que fizessem as melhores ações, tirando de circulação os entulhos e objetos que poderiam servir de criadouros do mosquito da dengue. E não precisaria ser apenas uma vez, já que os adultos têm dificuldade, por diversas razões, de olhar com cuidado para essa questão, e muito provavelmente em pouco tempo os entulhos voltariam às ruas e quintais.
Precisaria ser uma ação regular (semanal ou quinzenal), que mobilizasse constantemente as crianças. Desta forma, e em conjunto com as outras ações, o combate à dengue poderia ser muito mais eficaz. As crianças não apenas aprenderiam mais sobre a dengue e a prevenção, como naturalmente, “fiscalizariam” seus pais, forçando uma mudança de mentalidade na própria família. Elas também ganhariam uma noção mais abrangente de cidadania e de espírito coletivo, tão em falta nos dias de hoje, e no futuro seriam adultos socialmente mais responsáveis.
De um jeito ou de outro, toda a sociedade sairia ganhando com isso, seja pela melhor educação de nossas crianças, seja por um combate mais eficaz a esta verdadeira epidemia.
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